Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,32% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O indicador acelerou após ter apresentado deflação (queda média de preços) em agosto (-0,23%). Ainda assim, ficou abaixo do índice nacional (0,48%) e foi o 3º menor entre os 11 locais pesquisados separadamente pelo IBGE, acima apenas do registrado no município de Goiânia/GO (0,10%) e na RM Belo Horizonte/MG (0,25%).
O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 15 de agosto e 15 de setembro. Com este resultado, o IPCA-15 da RMS acumula alta de 3,38% no ano de 2025. Segue abaixo do índice do Brasil como um todo (3,76%) e é o 3º menor entre os 11 locais, à frente apenas do município de Goiânia/GO (2,52%) e da RM Rio de Janeiro/RJ (3,07%).
No acumulado nos 12 meses encerrados em setembro, está em 4,74%, variação levemente menor do que a acumulada até agosto (que havia sido de 4,77%). Também está abaixo do registrado no país (5,32%) e é o 2º menor índice, acima somente da RM Porto Alegre/RS (4,47%).
Energia elétrica
O IPCA-15 de setembro na Região Metropolitana de Salvador (0,32%) foi resultado de aumentos nos preços de cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados para calcular o índice. Os preços da habitação (2,67%) tiveram a maior alta em setembro, na RMS, e exerceram a principal pressão inflacionária na região. O grupo havia registrado deflação em agosto (-0,93%).
O aumento se deu, principalmente, por conta da energia elétrica residencial (9,65%), item que, individualmente, mais puxou a prévia da inflação da RMS para cima no mês. O aumento ocorreu por conta do fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de agosto. Cabe destacar, ainda, a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, a partir de 1º de setembro, adicionando R$7,87 na conta de luz, a cada 100 Kwh consumidos.
O grupo saúde e cuidados pessoais (0,46%) apresentou o terceiro maior aumento e exerceu a segunda maior pressão inflacionária na RM Salvador, em setembro. A alta dos preços do plano de saúde (0,50%) e dos produtos farmacêuticos, ou remédios (0,57%), foram as principais influências.
Quedas
Por outro lado, entre os 4 grupos de produtos e serviços com queda média de preços, alimentação e bebidas (-0,57%) foi o que mais ajudou a segurar a prévia da inflação de setembro, na RM Salvador. O grupo registrou deflação pelo segundo mês consecutivo, embora num ritmo menor do que o apresentado em agosto (-1,48%).
A deflação dos alimentos na RMS se deu exclusivamente por conta dos produtos comprados para consumo em casa (-0,79%), com contribuições importantes de tubérculos, raízes e legumes (-10,58%) como o tomate (-21,47%, item que mais segurou a inflação da região no mês); cereais, leguminosas e oleaginosas (-4,10%) como o arroz (-2,97%); e carnes (-0,87%) como a costela (-1,72%).
O preço dos transportes (-0,27%) também caiu pelo segundo mês seguido na RMS. O grupo teve a terceira maior queda de preços da região e deu a segunda maior colaboração para segurar o IPCA-15. A deflação ocorreu por conta, principalmente, do seguro voluntário de veículo (-6,36%) e do conserto de automóvel (-1,24%).
O grupo com a maior deflação, porém, foi o de artigos de residência (-0,71%), influenciado pela queda dos preços de eletrodomésticos e equipamentos (-1,35%) como o refrigerador (-1,55%).
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