Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, ficou em 0,17% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O indicador acelerou e voltou a apresentar alta média de preços na região, após ter registrado deflação em agosto (-0,08%). Ficou, porém, bem abaixo do índice nacional (que foi de 0,48%) e foi o menor dentre todos os 16 locais pesquisados separadamente pelo IBGE.
Em setembro, São Luís/MA (1,02%), a Grande Vitória/ES (0,76%) e Goiânia/GO (0,75%) apresentaram as maiores altas médias de preço.
Com o resultado do mês, o IPCA da RMS acumula alta de 3,12% no ano de 2025. Está abaixo do índice nacional (que é de 3,64%) e é o 12º entre as 16 áreas, num ranking encabeçado pela Grande Vitória/ES (4,35%), pela RM São Paulo/SP (4,16%) e pelo município de Aracaju/SE (4,02%).
Nos 12 meses encerrados em setembro, a inflação na RMS desacelerou, acumulando alta de 4,83% (frente a 4,94% nos 12 meses encerrados em agosto). Também continuou abaixo da registrada no Brasil como um todo (5,17%) e é apenas a 11ª mais elevada entre os 16 locais.
A alta do grupo se deu, principalmente, por conta da energia elétrica residencial (7,13%), item que, individualmente, exerceu a maior pressão inflacionária na região
Produtos e serviços
A inflação de setembro na Região Metropolitana de Salvador (0,17%) foi resultado de altas em quatro dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA. O grupo habitação (2,15%) registrou o maior aumento e teve a maior influência para puxar o IPCA da RMS para cima, no mês.
A alta do grupo se deu, principalmente, por conta da energia elétrica residencial (7,13%), item que, individualmente, exerceu a maior pressão inflacionária na região. O aumento ocorreu por conta do fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de agosto, e pela continuidade da vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, a partir de 1º de setembro, adicionando R$ 7,87 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos.
O vestuário (1,17%) registrou o segundo maior aumento e deu a segunda maior contribuição para a alta do IPCA na RMS, em setembro. A alta geral do grupo ocorreu, principalmente, por conta da roupa masculina (1,67%), como camisa/camiseta (1,49%), e a roupa infantil (2,06%).
Alimentos
Por outro lado, entre os cinco grupos com queda média de preços em setembro, na RMS, alimentação e bebidas (-0,56%) registrou a segunda maior redução e foi o que deu a principal contribuição no sentido de segurar o IPCA da região no mês.
Os preços do grupo, que possui o maior peso na formação do índice de inflação na RMS, caem seguidamente há quatro meses (desde junho), embora tenha havido uma desaceleração frente à deflação apresentada em agosto (-1,11%).
A queda foi puxada exclusivamente pelos produtos comprados para consumo em casa (-0,88%), como o tomate (-20,08%, item com a maior queda de preços e que mais ajudou a segurar a inflação da RMS), cebola (-17,96%), alho (-12,74%), arroz (-3,84%) e banana-prata (-4,72%). Por outro lado, a alimentação fora do domicílio seguiu registrando alta (0,36%).
Os transportes (-0,32%) apresentaram a terceira maior queda de preços e deram a segunda maior contribuição para segurar a alta do IPCA da RMS. A deflação do grupo se deu, principalmente, por causa do seguro voluntário de veículo (-6,36%), do automóvel usado (-1,59%) e da passagem aérea (-2,68%).
A maior queda de preços, porém, veio dos artigos de residência (-0,61%), que possuem um peso menor na composição do IPCA da RMS. Os eletrodomésticos e equipamentos (-2,10%), como o refrigerador (-2,70%) e o fogão (-3,78%) foram os principais responsáveis pela deflação do grupo.
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