O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) energizou o Linhão Manaus–Boa Vista e integrou Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Até então, o estado era o único do país não conectado. A interligação reduz o uso de usinas térmicas, diminui a emissão de CO₂ e contribui de forma significativa para a segurança e a estabilidade do sistema.
“Entre os benefícios percebidos diariamente estão o controle de fluxo das linhas que atendem os estados do Amazonas e Roraima, garantindo uma maior estabilidade, o que representa mais segurança energética e operacional”, afirma o diretor-geral do ONS, Marcio Rea.
No último mês, duas ocorrências evidenciaram os ganhos da integração, evitando uma possível perda de carga: a indisponibilidade de linhas de transmissão no Pará e a baixa na pressão do fornecimento de gás na região de Manaus.
“Devido à redução de pressão de gás no Amazonas, consequentemente houve o desligamento automático de UTEs. Com a interligação, foi possível elevar a geração em cerca de 55 MW nas usinas do Sistema Roraima, controlando o fluxo nas linhas de transmissão”, explica o diretor de Operação, Christiano Vieira.
Sobre o Linhão
A energização do Linhão Manaus–Boa Vista foi oficializada em solenidade com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira; do diretor-geral do ONS, Marcio Rea; e dos diretores Christiano Vieira (Operação), Elisa Bastos (Assuntos Corporativos) e Maurício de Souza (TI, Relacionamento com Agentes e Assuntos Regulatórios). O evento ocorreu nos Centros Nacional e Regional de Operação Norte/Centro-Oeste, em Brasília.
Com 724 quilômetros de extensão em circuito duplo de 500 kV, a linha completa o mapa energético do Brasil, que já ultrapassa 170 mil quilômetros de linhas de transmissão. O empreendimento recebeu investimentos de cerca de R$ 3,3 bilhões e incluiu a construção de 1.390 torres, ligando a subestação Eng. Lechuga, em Manaus (AM), à subestação Boa Vista, em Roraima, atravessando nove municípios nos dois estados.
A interligação amplia o espaço para fontes renováveis e garante que a energia sustentável, já abundante em outras regiões, chegue também a Roraima.
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