Em outubro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em -0,04% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O indicador voltou a ter leve deflação (queda média de preços), após ter tido alta de 0,32% em setembro. Antes disso, o IPCA-15 de agosto na RMS havia sido de -0,23%.
Com isso, em outubro, o índice da RMS ficou abaixo do nacional, que apresentou aumento (0,18%), e foi o 3º menor entre os 11 locais pesquisados separadamente pelo IBGE, dos quais 4 tiveram recuos nos preços. As únicas quedas superiores à da RMS foram registradas nas RMs Belém/PA (-0,14%) e Rio de Janeiro/RJ (-0,05%). Por outro lado, os maiores aumentos médios de preço, no mês, ocorreram no município de Goiânia/GO (1,30%), na RM Porto Alegre/RS (0,40%) e em Brasília/DF (0,26%).
O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 16 de setembro e 13 de outubro. Com este resultado, o IPCA-15 da RMS acumula alta de 3,34% no ano de 2025. Segue abaixo do índice do Brasil como um todo (3,94%) e é o 2º menor entre os 11 locais, à frente apenas da RM Rio de Janeiro/RJ (3,03%).
No acumulado nos 12 meses encerrados em outubro, está em 4,41%, variação menor do que a acumulada até setembro (que havia sido de 4,74%). Também fica abaixo do registrado no país (4,94%) e é o 2º menor índice, acima somente da RM Rio de Janeiro/RJ (4,24%).
Alimentos e habitação
Em outubro, os preços do grupo alimentação e bebidas caíram pelo terceiro mês consecutivo na RMS (-0,65%), tendo a maior redução e dando a principal contribuição para a deflação na região. A queda de preços ocorreu tanto nos produtos comprados para consumo em casa (-0,82%), quanto na alimentação fora do domicílio (-0,17%). As principais reduções ocorreram nos tubérculos, raízes e legumes (-11,77%), como o tomate (-13,67%), a cebola (-19,90%, item com a maior queda de preços na região) e a batata-doce (-16,35%). A refeição fora do domicílio, como almoço ou jantar, também apresentou importante deflação (-0,46%).
Os custos com habitação tiveram a terceira queda mais profunda no mês (-0,15%) e deram a segunda principal contribuição para a deflação de outubro, na RMS, segundo o IPCA-15. A principal influência veio da energia elétrica residencial (-1,26%), item que individualmente mais puxou a prévia da inflação para baixo, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1.
A segunda maior queda média de preços, no mês, veio dos artigos de residência (-0,47%), único grupo com deflação acumulada em 2025 na RMS (-2,19%). Em outubro, a redução se deu, principalmente, pelos aparelhos eletroeletrônicos (-1,25%), como o televisor (-3,38%).
Transportes
Por outro lado, dentre os quatro grupos com altas nos preços, na RMS, segundo o IPCA-15 de outubro, a principal pressão inflacionária veio dos transportes (0,45%), que apresentou o segundo maior aumento. A gasolina (0,80%) foi o item com a maior contribuição individual no sentido de puxar o custo de vida para cima. O transporte por aplicativo (4,52%), a passagem aérea (3,03%) e o aluguel de veículo (12,76%) também registraram aumentos relevantes.
O vestuário (1,02%) apresentou o maior aumento e deu a segunda maior colaboração para segurar a deflação da RMS em outubro. O grupo teve importantes altas de preço na roupa masculina (1,42%), feminina (1,22%) e infantil (1,95%).
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